Tuesday, April 26, 2011

Seleção por Competência


No dia-a-dia corporativo, por exemplo, os líderes se deparam com uma infinidade de situações que envolvem raiva, alegria, tristeza, ansiedade e que quando não bem administrados podem gerar conflitos, comprometendo até mesmo o desempenho da equipe. Mas, como saber se um colaborador possui uma determinada competência comportamental para assumir uma função? Somente na prática, na rotina do meio organizacional que essa pergunta pode ser respondida.

No entanto, é possível identificar se um profissional possui algumas competências comportamentais logo na seleção. Contudo, para isso, o selecionador deve estar preparado para realizar atividades que revelem as possíveis respostas que os candidatos poderão dar frente a uma situação inesperada e que exigirá pressão no trabalho, por exemplo. Esse é um assunto relevante para quem atua em Gestão de Pessoas ou mesmo procura alternativas para escolher a pessoa certa para os cargos que precisam ser preenchidos. É realmente indispensável identificar competências comportamentais nos processos seletivos, pois o nosso mundo está totalmente globalizado e estando neste nível automaticamente os que fazem parte dele ficam mais exigentes.

Antigamente, as empresas buscavam profissionais com conhecimento formal e acadêmico. Isso incluía, por exemplo, pessoas que falassem outros idiomas, que tivessem preparação acadêmica e dominassem conhecimento em metodologias de trabalho. Hoje, nos processos seletivos é primordial identificar competências comportamentais. Entre essas, a comunicação, a flexibilidade, o espírito do trabalho em equipe, o desenvolvimento interpessoal, a criatividade, o foco em resultados, as habilidades em negociações e a administração do tempo.

Para um profissional fazer uma entrevista por competência, o mesmo terá que ser um especialista no assunto e sempre buscar o aprimoramento na elaboração de questionários para poder identificar as competências desejadas. Algumas vezes as competências podem ser reveladas através de testes psicológicos, dinâmicas de grupo ou durante a condução de uma entrevista individual por competência. Em certos casos, algumas competências estão entrelaçadas, o selecionador busca uma que traga outras como, por exemplo, liderança. Possivelmente o candidato que tenha essa competência levará para a organização que o contratou poder de decisão, negociação, comunicação e planejamento - competências que podem ser desenvolvidas durante os primeiros meses de atuação na empresa.

DIFICULDADES

As dificuldades mais comuns que os selecionadores encontram ao tentar identificar as competências comportamentais nos candidatos: Em primeiro lugar, o especialista tem que ter em mente que para se fazer um processo seletivo de sucesso que envolve a identificação de competências comportamentais é exigido conhecimento, para que possa administrar a entrevista, a dinâmica de grupo ou os testes de forma eficaz e produtiva.

O selecionador precisa ficar atento para que não seja "enganado" pelo candidato, pois a pessoa que participa do processo estará buscando conquistar uma oportunidade e pode tentar mascarar atitudes que não sejam compatíveis com o cargo que será preenchido. É bom mencionarmos que existe ainda a possibilidade do candidato sentir-se pressionado e procurar omitir informações precisas e valiosas. Nesse caso, se o entrevistador não obtiver competência, habilidade e conhecimento poderá ser influenciado, comprometendo seriamente o processo.

As dinâmicas de grupo, avaliação presencial - simulando situações vivenciais, desafios do cotidiano e do meio empresarial - testes psicológicos e entrevistas de mapeamento de competências que estão sendo mais usados nas organizações. Esse recurso uma vez conduzido de forma correta a margem de acerto chega a quase 100%. Quais os possíveis problemas que podem surgir para a empresa contratante, se durante o processo de seleção foram levadas em consideração apenas as competência técnicas e o lado comportamental do candidato foi deixado "de lado"?

Se isso ocorrer, possivelmente o candidato não se adaptará à empresa ou à vaga, podendo gerar problemas comportamentais como: dificuldade em se relacionar com o grupo; desconfiança do cargo que foi lhe oferecido; recusa para aceitar ajuda; dificuldade para trabalhar sob pressão; insatisfações; estagnação; sensação de impotência diante da realidade que vive e ainda não enxergar "ele próprio" na organização. Dependendo do cargo o profissional nem saberá vender o produto da empresa.

Todo selecionador que sempre busque o aprimoramento profissional, através de especializações, cursos, palestras, leituras direcionadas para o trabalho e o mais importante, ouvir quem já possui muita experiência no assunto, esse sim saberá conduzir estes processos com muito sucesso

"O colaborador que deseja trabalhar o lado comportamental pode buscar ajuda de profissionais capacitados que poderão guiá-lo sem medo. As competências comportamentais mexem com nosso ego e o importante é ter um acompanhamento periódico do que se esta descobrindo", explica Cíntia Baranek, Consultora de carreira 





Texto com adaptações Profª Jaqueline C. Bueno

Monday, April 25, 2011

Dinâmica de Integração e Comunicação - Por Brenda Cariello

União Educacional de Brasília
Pós-graduação em Gestão de Pessoas por Competência
Disciplina: Dinâmicas e Jogos para Desenvolvimento de Competências
Professora: Jaqueline C. Bueno
Aluna: Brenda Cariello de Oliveira José


Dinâmica de Integração e Comunicação

Brasília, 25 de abril de 2011.


Fotolinguagem


Apresentação


A Fotolinguagem é uma metodologia largamente utilizada no contexto da dinâmica de grupos. Trata-se de apresentar um conjunto de fotografias (recortes de jornais e revistas), previamente escolhidas pelo orientador da ação, e propor aos participantes que escolham uma imagem que represente um ou mais temas propostos. 


Seguindo-se comentários sobre as escolhas feitas.
Tem-se revelado uma técnica muito rica e facilmente se passa toda uma manhã à volta do que dela emerge. Habitualmente, se propõe alguns ou todos destes 5 temas: sobre o próprio, sobre conduzir, segurança, risco e sobre as expectativas acerca da própria ação. Em traços gerais, proporciona:


a) a criação de um clima desprovido de juízos de valor;
b) a criação de um grupo que encontra os seus pontos comuns;
c) o encontro entre o orientador e os participantes através de uma linguagem comum, simultaneamente verbal e não verbal;
d) o emergir das temáticas grupais e tipo de funcionamento do grupo;
e) o emergir de problemáticas pessoais.


O potencial da técnica reside no fato de ser essencialmente uma metodologia verdadeiramente psicológica.


Por um lado, é um exercício projetivo em que o indivíduo ao fazer a sua escolha se faz refletir no espelho da imagem que apresenta. Essa escolha floresce no encontro entre o dentro e o fora, entre a percepção e a projeção. Por outro lado, é desencadeador do processo de simbolização, logo um auxiliar do trabalho de facilitadores da criação de sentido e de tradutores da ação pela linguagem.
É, enquanto exercício projetivo, que começa um olhar deste instrumento como auxiliar do orientador no sentido de oferecer uma compreensão diagnóstica acerca de cada um dos participantes.


Trata-se a Fotolinguagem como uma ferramenta – e esta será mesmo a palavra certa –, porque não se pretende entendê-la como uma prova projetiva. Não é, nem será nunca, uma prova projetiva, a começar no fato de que não é sempre o mesmo estímulo que é apresentado a diferentes sujeitos. É o psicólogo quem escolhe o estímulo, criando assim uma matriz projetiva marcada pelo seu próprio “conflito estético” (Meltzer, 1988), pela sua capacidade de atribuição simbólica e pelos seus afetos mais ou menos inconscientes.


Quando a tarefa é proposta aos participantes, ela solicita a participação dos afetos – pela necessidade de escolha – e promove o encontro com os afetos do orientador – que foi o primeiro a escolher. Neste encontro se vê um esboço de vínculo, ou antes, um momento relacional, um encontro de inconsciente a inconsciente.


Olha-se para as imagens escolhidas como fotogramas de um filme complexo, pequenas captações de luz de um todo vasto que é o indivíduo.


Aplicação e desenvolvimento


Fotolinguagem sobre o próprio participante.


Objetivo
Olhando para as fotos sobre a realidade que se vive, aprender a ligar dois ou mais fatos e ter uma opinião sobre eles.


Número de participantes
Se houver mais de oito pessoas, deve-se subdividir em grupos de cinco.


Material necessário
Fotos de jornais e revistas espalhadas por toda a sala.




Descrição da dinâmica
Os participantes passeiam pela sala, olhando as fotos e escolhem duas fotos que tenham ligação entre si.
Depois, durante 7 minutos, pensam nas seguintes questões:
a) Que realidade me revelam?
b) Qual a ligação entre elas?
c) Por que me identifiquei com elas?


Encerramento
Cada um apresenta as fotos e as conclusões às quais chegou. O restante do grupo pode questionar a ligação dos fatos entre si e fazer uma ou duas perguntas para clarear melhor as afirmações.


Avaliação do evento
Todo o grupo de participantes expõem seus sentimentos na escolha das figuras para se identificarem, sobre a dinâmica e sobre a imagem que o outro se permitiu enxergar.


Bibliografia


Agenda da Juventude, CCJ (Centro de Capacitação da Juventude), São Paulo, 2000. Site na internet: http://www.ccj.org.br, acesso em 25 de abril de 2011.
Site na internet: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v23n1/v23n1a06.pdf, acesso em 25 de abril de 2011.

Wednesday, April 20, 2011

Atividade para o curso e treinamento

Introdução:
Atualmente as organizações de qualquer porte, seja grande, média, pequena ou micro, todas sabem da relevância de integrar seus colaboradores e realizar dinâmicas de grupo com jogos e brincadeiras para estimular a comunicação e o relacionamento entre os colaboradores, além dos processos seletivos que utilizam com o enfoque decisivo da contratação. Sabemos que a competência do gerenciamento e coordenação das dinâmicas depende basicamente de vivências e muita prática, com isso este seminário tem como objetivos:

Ø  Identificar os fundamentos teóricos e metodológicos das teorias e técnicas de dinâmica de grupo.
Ø  Descrever os principais modelos de planejamento e ação grupal, relacionando-os aos seus fundamentos teóricos.
Ø  Refletir sobre as ações e comportamentos realizados no exercício da profissão tais como desenvolvimentos de Equipes.

Objetivos específicos da atividade proposta:

1)     Envolver os participantes  promovendo trabalho em Equipes.
2)     Cada um deverá  conduzir de acordo com a programação dada.
3)     Organização , sincronia e coerência .
4)     Saber expor e ouvir.

 Passos:

1)     Pesquisar em livros, revista, internet, estudo de casos, colher material e fazer brainstorming.
2)     Delimitação do assunto e escolha  das melhores idéias.
3)     Depois deste trabalho, realiza-se um plenário, onde as pessoas apresentam conclusões, tiram dúvidas, complementam idéias.
4)      Entregar relatório do Seminário completo ao final 
5)      CoffeBreak – Confraternização – opcional


Thursday, April 07, 2011

Elogiar do jeito certo

FONTE: FLORESCER - JARDIM DE INFÂNCIA WALDORF
POR MARCOS MEIER*

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” … e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” … e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu vídeogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repetí-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

*Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel.