Thursday, May 20, 2010

Falar em público

Para o futuro orador, seja ao falar, ensinar, vender ou entreter, é importante aproximar o universo da leitura e exercitar a expressão oral desde criança. Veja um trecho desta matéria da revista "Nova Escola", como educadores (e pais) podem se atentar sobre este assunto e preparar a criança para um futuro brilhante.

Quem não apresenta suas ideias com clareza ou defende mal seus argumentos diante um grupo enfrenta problemas tanto na sala de aula como na vida profissional. Embora o ensino da língua oral esteja previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) há mais de uma década, essa prática está longe de ser prioridade. Ela é confundida com atividades de leitura em voz alta e conversas informais, que não preparam para os contextos de comunicação.

"Comunicar-se em diferentes contextos é questão de inclusão social, e é papel da escola ensinar isso", explica Claudio Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. O que todo professor precisa incluir em seu planejamento são os chamados gêneros orais formais e públicos, que têm características próprias, pois exigem preparação e apresentam uma estrutura específica. (...)

A diferença entre a língua falada e a língua escrita é uma questão antiga. Até a década de 1980, elas eram consideradas opostas. Enquanto a primeira aparecia como incompleta e imprecisa, a segunda simbolizava formalismo e planejamento. Os debates recentes apontam para um caminho bem diferente. "O oral e o escrito têm pontos de contato maiores ou menores, conforme o gênero", defende Roxane Rojo, docente de pós-graduação em Linguística Aplicada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No vídeo abaixo, Claudio Bazzoni, explica que existem diferentes variantes linguísticas na Língua, uma vez que ela é viva e adquire características sociais, históricas e regionais. Ele ressalta que a norma culta é considerada a norma padrão, mas isso não pode ser motivo para que o professor discrimine os alunos em função da sua fala. Ensinar a comunicação oral na norma culta não significa mudar o modo como o aluno fala cotidianamente.


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