Quando ouvimos falar em trabalhos e horários flexíveis, prêmios e bonificações por desempenho, participação nas decisões e nos lucros da empresa, pensamos, imediatamente, que é numa empresa assim que gostaríamos de trabalhar.
Entretanto, essa realização profissional parece distante. Não é de se estranhar, pois mesmo havendo muitas empresas que mudaram ou adequaram sua maneira de administrar, vivemos ainda numa sociedade repleta de administrações tradicionais.
A administração tradicional é aquela nossa velha conhecida empresa hierárquica e departamentalizada. Com horários e normas rígidas, informações restritas, na qual aumentos na remuneração estão diretamente ligados ao tempo de serviço do funcionário.
Os funcionários dessas empresas também possuem valores tradicionais. Acreditam que deixar o chefe satisfeito é seu objetivo, já que é o chefe quem paga os salários. São também extremamente individualistas quanto a seu espaço e seu conhecimento da empresa e das informações que detêm, conforme ilustra o autor Stephen Robbins .
Contudo, estamos passando por uma mudança de paradigmas, em que a maneira tradicional de administrar está ficando obsoleta, dando lugar a novos modelos de organização. Nesta nova visão, o funcionário preocupa-se em satisfazer seus clientes, que são os verdadeiros sustentadores de seu salário.
Há um interesse pelo aprendizado e pela especialização constantes, pela responsabilidade e compromisso com a empresa e surge também o espírito do trabalho em equipe.
UMA REENGENHARIA
Partindo desse princípio temos o processo de reengenharia, que consiste na reconstrução da estrutura organizacional da empresa. A reengenharia não tem por objetivo tentar consertar os processos existentes, mas sim, substituí-los por novos processos que sejam eficazes.
Conseqüentemente, temos a administração inteligente que visa integrar os funcionários à empresa, através da oportunidade de conhecerem a fundo a empresa e saberem o que se passa.
As mudanças devem ocorrer de forma proativa, conscientizando os colaboradores da empresa sobre a importância da busca constante pelo crescimento profissional e pessoal.
Complementando, temos a administração sinérgica que objetiva a harmonia entre colaboradores, organização e processos. Nesse tipo de administração fica ainda mais clara a importância que as empresas dão às pessoas no processo da mudança. A sinergia promove integração, respeito, confiança e democratização nos relacionamentos e processos internos da empresa.
O MONGE
Em meio às mudanças e ao fortalecimento da idéia de valorização das pessoas, surge também um novo perfil de gerência: o líder. Segundo James Hunter, “a chave para a liderança é executar tarefas enquanto se constroem os relacionamentos”. Hunter, em seu best-seller “O Monge e o Executivo” (2004), bate, incansavelmente, na mesma tecla da importância do relacionamento do líder com sua equipe.
Além disso, o líder deve ser automotivado, seguro de si e deve ter profundos conhecimentos sobre o negócio para que possa influenciar positivamente as pessoas. Segundo Jack Welch, “líderes são incansáveis no aperfeiçoamento da equipe”.
É essencial para o relacionamento, das equipes com seus líderes e entre todos os funcionários e unidades de uma organização, que haja uma boa comunicação interna. Para o bom andamento da empresa é recomendada a comunicação horizontal, que permite o compartilhamento de informações e a solução de problemas, além de proporcionar interação entre as pessoas envolvidas no processo.
Em relação às equipes de trabalho, é ideal que sejam pequenas para o melhor andamento das atividades propostas.
ACONTECE A MUDANÇA
Devemos estar sempre atentos às mudanças, planejando estratégias e estudando os riscos e as oportunidades, pois o menor descuido e a realidade já é outra. Não há nada pior do que correr desesperado atrás do prejuízo.
A gestão de pessoas, quando realizada de forma correta, torna-se uma excelente vantagem competitiva, pois uma empresa que tem funcionários satisfeitos funciona inteiramente melhor.
A empresa pode ter um belo prédio, um produto bastante útil, uma propaganda que marca. Mas se as pessoas que fizerem parte da empresa não se sentirem parte dela, é bem provável que as conseqüências no mercado não sejam as melhores.
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